sábado, 7 de abril de 2012

A Presença de Deus é a Sua Força!

Josué 14:7-12


O nosso texto fala de Calebe, um dos homens que Moisés enviou para espionar a Terra Prometida. Neste trecho das Escrituras, o que nós podemos aprender com Calebe?
• Ele nunca foi fantasioso nas coisas sagradas. (v.7)
• Era obediente a Deus. (v.8)
• Sendo um homem de 85 anos, ainda demonstra disposição para lutar. (11)
• Honrava a presença de Deus e isso mantinha sua força e confiança. (12)

Às vezes eu ouço: “Eu não tenho força, me falta o vigor!”
• Geralmente, as pessoas ao envelhecerem falam assim, mas esse sentimento pode ocorrer em qualquer idade.
• Uma das coisas que pode minar nossa energia é a tendência em focar a nossa atenção naquilo que não conseguimos controlar ou manipular.

O fato é que sempre estaremos enfrentando dificuldades e que precisaremos de força para superá-las.
• Calebe possuía uma promessa e ela ainda não havia se cumprido.
• Quando Deus nos faz promessas, estas geralmente abrangem situações que nós não conseguiremos controlar.

O cumprimento de uma promessa divina depende primeiramente do trabalho de Deus. Em segundo lugar, da nossa colaboração com Ele, no que se refere a nos mantermos em Sua presença e seguirmos os Seus conselhos.

A Bíblia diz: "(...) Procure respeitar e obedecer a Deus todos os dias da sua vida. (Pv.23:17 NTLH) Quando respeitamos a presença de Deus e O obedecemos,  Certamente a tua bondade e o teu amor ficarão comigo enquanto eu viver. (...)" (Sl.23:6 NTLH)

Repare as palavras de Calebe no verso 12: 'Se o SENHOR estiver comigo, eu os expulsarei, como ele prometeu. Ele não está duvidando, mas respeitando. Calebe está apontando para uma verdade:
• A sua força e vigor para vencer e tomar posse das bênçãos divinas prometidas a ele, não depende da sua boa vontade, estratégia e inteligência, mas da presença de Deus!

Todos nós conhecemos a história de Sansão e Dalila, a qual procurou por sedução descobrir a fonte da sua tremenda força. Dalila certa vez lhe disse: "Por que você diz que me ama se isso não é verdade? Você me fez de boba três vezes e até agora não me contou por que é tão forte." (Jz.16:15 NTLH)

Daí Sansão contou qual era a fonte da sua força. Ela o fez dormir no seu colo e chamou um homem para cortar as suas sete tranças. A Bíblia diz: "(...) Aí Dalila começou a provocá-lo, mas ele havia perdido a sua força." (Jz. 16:19 NTLH)

Num determinado instante, Dalila gritou: & Sansão! Os filisteus estão chegando! Ele se levantou e pensou: “Eu me livrarei como sempre.” Sansão não sabia que o SENHOR o havia abandonado. (Jz.16:20 NTLH)

Sansão havia desrespeitado o seu voto de nazireu, ou seja, não cortar o cabelo e não beber bebida forte, não tocar em cadáveres, além de não comer carne em algumas circunstâncias.
• O mais triste é que Sansão não sabia que havia perdido a presença de Deus!

No caso de Calebe, o Senhor estava com ele, e ele tinha força para combater as dificuldades da vida, porque mantinha sua devoção a Deus. Com Sansão ocorreu o contrário, sem o Senhor ele perdeu a força e não pode enfrentar seus inimigos, porque tratou as coisas de Deus com descaso.
• Foi derrotado e humilhado ao extremo pelos seus inimigos.

Às vezes pensamos que Deus nos tem abandonado devido às coisas não acontecerem como gostaríamos que ocorressem. Mas Deus está sempre conosco, apesar das dificuldades ou desafios que enfrentamos, se nos mantivermos em comunhão com Ele por meio de Jesus.

Certa vez Jesus disse: "Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele." (Jo.14:21 NVI)

Quando temos a “revelação”, ou a presença de Jesus, nós perceberemos o Seu poder agindo em nós e teremos a força que Ele nos dá.

Paulo disse: "Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação." (Fp.4:13 NTLH)
• Mantenha-se na presença de Deus, seja forte, obedeça-O e aja com um espírito vencedor!
• Deus o abençoe!

O Espírito Santo - O Consolador

João 14.16-31


INTRODUÇÃO

Jesus estava caminhando para a cruz e durante aquele percurso conforta aos seus discípulos falando-lhes sobre a vinda do Espírito Santo.

Podemos esboçar este ensino da seguinte maneira:

- A procedência: o Espírito seria enviado pelo Pai (Jo 14.16, 26; 15.26).
- O tempo em que viria: quando Jesus fosse para o Pai (Jo 16.7; 7.39).
- O cumprimento da promessa: deu-se no Pentecostes (At 2.32-36).
- O local de habitação: não no mundo, mas com os crentes e nos crentes (Jo 14.16-17, 23).
- A duração da habitação: para sempre ou eternamente (Jo 14.16; 16.22).
 
Além destes aspectos destacados por Jesus, indicaremos ainda os nomes e a missão do Espírito Santo, conforme aparecem no texto.

1. OS NOMES DO ESPIRITO SANTO

Na intimidade que as três pessoas da Trindade mantêm, constatamos o carinho que Jesus Cristo dispensa ao Espírito Santo. Além de chamá-Lo de Espírito Santo, Jesus o chama de o Consolador e o Espírito da Verdade.

1.1. O Consolador

Jesus chama o Espírito de o "Consolador" - Parakletos, no grego (Jo 14.16, 25; 15.26; 16.7). A palavra grega traduzida por "Consolador" ou "Auxiliador" era usada na linguagem jurídica para o advogado de defesa (1 Jo 2.1), isto é, alguém que ajudava ou apoiava um réu. O sentido ganha amplitude, pois o Espírito, assim como Jesus, não apenas foi um advogado, mas uma pessoa que provê encorajamento, conselho, força, entusiasmo, motivação e poder. É comparável ao apoio e o carinho de um pai. Por isso Jesus diz "não vos deixarei órfãos".

A palavra "órfãos" é encontrada exclusivamente neste texto e em Tiago (1.27), e o seu melhor sentido é "destituídos". Era comumente usada para indicar filhos destituídos de seus pais e de tudo aquilo que uma paternidade responsável oferece. Não vos deixarei órfãos! Jesus Cristo não nos deixou: sem amor (Jo 13.1); sem exemplo (Jo 13.15); sem lei (Jo 13.34); sem recompensa (Jo 14.1); sem destino (Jo 14.6); sem serviço (Jo 14.12); sem paz (Jo 14.27); sem esperança (Jo 14.18).

O Espírito é o Consolador, alguém que está conosco e ao nosso lado para nos ajudar. Lucas registra que a Igreja caminhava no conforto do Espírito Santo (At 9.31). No ministério de confortar e encorajar o cristão, o Espírito derrama amor divino no coração (Rm 5.5), testemunha que são filhos de Deus (Rm 8.16), unge com alegria e discernimento (2 Co 1.21), derrama paz e esperança na mente e no coração (Rm 15.13), concede alegria na luta (Rm 14.17), assiste na fraqueza (Rm 8.26), produz a frutificação espiritual (Gl 5.22) e capacita para o serviço (1 Co. 12.11).

1.2. O Espírito da Verdade

Jesus usa outro nome: "o Espírito da Verdade" (Jo 14.17; 16.13). Há um duplo significado: o Espírito é a essência da verdade e quem revela aquilo que é verdadeiro. Por isso João testifica o Espírito Santo é a verdade (1 Jo 5.6).

Ele é o autor divino das Escrituras (2 Pe 1.20-21), a verdade escrita (Jo 17.17); Ele dá conhecimento da verdade salvadora que é Jesus Cristo (Jo8.32,36). Não existe. a possibilidade humana de conhecer as verdades de Deus senão pelo Espírito Santo.

Uma mentira contra o Espírito Santo foi instantaneamente punida com a morte (At.5.1-11).

1.3. O Espírito Santo

Deus é santo ou santíssimo e esta santidade é natural às três pessoas da Trindade (1 Pe 1.16). Jesus qualifica o Espírito de Santo (Jo 14.26). Por que Ele é chamado o Espírito Santo? Primeiro, por causa da sua natureza santa e perfeita (1 Jo 2.20). Segundo, por causa do seu ministério que é o de produzir santidade. "Por que, pois, é Ele chamado santo? Seguramente, a explicação consiste em que é Sua obra especial produzir santidade e ordem em tudo o que Ele faz na aplicação da obra salvadora de Cristo" (Martyn Lloyd-Jones). E o seu ministério é santificar o povo de Deus (SI 51.11; Mt 1.20; Lc 11.13; Rm 1.4).

O pecado da blasfêmia contra o Espírito Santo não tem perdão! (Mt 12.31-32)

2. AS MISSÕES DO ESPÍRITO SANTO

Jesus apresenta algumas das tarefas que seriam realizadas pelo Espírito Santo junto aos crentes.

Quais são as obras realizadas pelo Espírito Santo?

2.1. Ele ensina e relembra

Disse Jesus aos seus discípulos: "Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (Jo 14.26). Jesus promete aos Seus apóstolos que o Espírito trará à memória deles as coisas que Ele tinha dito, e assim, por sua inspiração, eles serão habilitados a escrevê-las e a pregá-las. Temos aqui a ação do Espírito no processo de revelação e inspiração das Escrituras (2 Pe 1.20-21; 1 Co 2.6-16).

O Espírito agirá na mente dos apóstolos para lembrar o que Cristo ensinou.

2.2. Ele dá testemunho de Jesus

"Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim" (Jo 15.26). O Espírito testemunha, testifica, declara, fala bem do Filho confirmando que Ele é o único Salvador e Senhor. Este é o testemunho externo.

Também "o Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Rm 8.16). O Espírito Santo testifica no coração do cristão que ele é filho de Deus, por causa da fé em Jesus Cristo (Jo 1.12; 1 Jo.5.10). Este é o testemunho interno.

Observe novamente que a missão do Espírito está vinculada à obra de Cristo.

2.3. Ele convence o mundo

"Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (Jo 16.8).

O verbo "convencer" (elegsei) significa "trazer à luz", "expor", "mostrar", "persuadir", "convicção interior" (Jo 3.20; 8.46; Ef 5.11; Tt 1.9). Há um outro sentido para o verbo que é o de "reprovar", "corrigir", "disciplinar" e "punir" (Mt 18.15; Lc 3.19; 2 Tm 3.16; Hb 12.5; Ap 3.19). O Espírito é o responsável pelo convencimento interno das pessoas quanto ao verdadeiro sentido do pecado, da justiça e do juízo.

A palavra mundo "kosmos" refere-se à humanidade inteira.

A obra do convencimento é tríplice: do pecado, pois somos pecadores por natureza (Rm 3.23); da justiça salvadora que nos é oferecida em Cristo Jesus (Rm 5.1); e do juízo que será o julgamento daqueles que rejeitam a salvação em Jesus (Jo 3.18-19).

2.4. Ele guia a toda a verdade

"Quando vier, porém, o Espirito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade" (Jo 16.13).

O Espírito tem a missão de guiar, liderar e instruir aos homens, em seus corações, sobre o significado de Cristo (At. 8.31). Os homens ouvirão e verão a glória de Cristo, por meio do Espírito (Jo 5.37-38).

Há pessoas ou líderes espirituais que falam fraudulentamente em nome do Espírito, conduzindo pessoas ao erro (Jr 23.15ss). O Espírito jamais nos guiará à mentira ou ao erro. O Espírito nos revela a verdade da nossa natureza caída e nos conduz à verdade santificadora de Deus.

O apóstolo Paulo, no capítulo oito de Romanos, destaca quatro aspectos do ministério do Espírito, no processo de santificação do crente:
- O Espírito domina a nossa carne (Rm 8.5-13)
- O Espírito dá testemunho da nossa posição como filhos de Deus (Rm 8.14-17)
- O Espírito garante ou assegura a nossa herança como herdeiros de Deus (Rm 8.18-25).
- O Espírito nos ajuda a orar convenientemente (Rm 8.26-27).

2.5. Ele glorifica a Cristo

A obra principal do Espírito é glorificar a Cristo. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar (Jo 16.14). Ele revela à alma dos pecadores as riquezas da pessoa de Jesus, de tal maneira, que ninguém pode reconhecer que Jesus é Senhor senão pelo Espírito (1 Co 12.3).

É o Espírito quem produz a vivificação espiritual ou quem aplica a salvação ao indivíduo. O termo "salvação" compreende a vocação eficaz (Mt 9.9), a regeneração ou o novo nascimento (Tt3.5), adoção espiritual (1 Jo 3.1-3), união com Cristo (Jo 15.1-16), conversão (Mt 18.3), arrependimento e fé salvadora (2 Tm 2.25; Ef 2.8), justificação (Rm 5.1) e santificação (1 Pe 1.13-16). Toda esta obra salvadora é realizada pelo Espírito.

A obra do Espírito está vinculada à obra de Jesus.

Jesus Cristo nos advertiu que a vida cristã é cheia de lutas e tribulações (Jo 16.1-4). Você. então, não deve esperar o fim das dificuldades e dos problemas, mas o conforto de Deus. Você não está órfão ou destituído de paternidade. Temos o Consolador! O Espírito Santo é o nosso ajudante, conselheiro e defensor.

Vitória em Jesus

Quando o primeiro homem e a primeira mulher ouviram a voz da serpente e escolheram desobedecer ao Deus que os havia criado, a cortina caiu em um mundo que era perfeito. Adão e Eva então se consideraram como Deus ao criarem seus próprios padrões de bem e mal – algo que a sociedade faz com regularidade atualmente.

Mas, antes que Deus os expulsasse do Jardim do Éden, Ele sentenciou a serpente (Satanás) à derrota: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Esta primeira e maravilhosa promessa de Deus encontra cumprimento no Cristo ressurreto. Satanás considerou a morte de Jesus como seu próprio momento de vitória; mas, na realidade, essa foi a hora de sua maior derrota. A ressurreição estabelece Jesus como o poderoso Filho de Deus e garante a vitória final sobre a morte e sobre Satanás (Hb 2.15).

Ligada à Profecia Judaica

Embora poucas pessoas percebam isso, a ressurreição de Cristo está claramente ligada à profecia judaica. O apóstolo Paulo escreveu: “E que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15.4). As Escrituras a que Paulo se refere são as Escrituras Hebraicas. O Antigo Testamento previu que o Messias iria ressuscitar dos mortos. Paulo, na verdade, explicou esse conceito à audiência de uma sinagoga, citando Salmos 2.7, Isaías 55.3; e Salmos 16.10, respectivamente:

“Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. E, que Deus o ressuscitou dentre os mortos para que jamais voltasse à corrupção, desta maneira o disse: E cumprirei a vosso favor as santas e fiéis promessas feitas a Davi. Por isso, também diz em outro Salmo: Não permitirás que o teu Santo veja corrupção” (At 13.32-35).

A profecia sobre a ressurreição em Isaías descreve o sofrimento do Servo: “Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido” (Is 53.8) e “Designaram-lhe a sepultura com os perversos” (Is 53.9). Depois, o profeta previu a ressurreição: “quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos” (Is 53.10). Esse Servo não permanecerá na sepultura, mas viverá para ver Sua posteridade. Apenas a ressurreição de Jesus dá sentido a essa profecia.

O Antigo Testamento também previu a ressurreição de Jesus “ao terceiro dia”. A primeira passagem a ensinar sobre tal esperança está em Oseias:

“Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará. Depois de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele” (Os 6.1-2).

Esta profecia fala sobre uma restauração futura para o povo de Israel. Ela também se refere ao Messias, que é a figura ideal de Israel. Como em outras passagens do Antigo Testamento que apontam para o Messias como um tipo ou uma figura, essa passagem pode ser a que Paulo tinha em mente e que profetizava a ressurreição de Jesus ao terceiro dia.

Uma outra passagem está no Livro de Jonas. Como o próprio Jesus ensinou: “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra” (Mt 12.40). Novamente, Deus usou um tipo para apontar para a realidade; a experiência de Jonas serviu como paralelo para a experiência de Jesus.

Revertendo a Maldição

Quando Adão e Eva pecaram, Deus prometeu à humanidade um mundo cheio de dificuldades e problemas em uma Terra que havia sido amaldiçoada por causa do pecado. Ainda assim, em meio a maldições, Ele também proporcionou esperança através de um Redentor prometido (Gn 3.15). A “Semente” de Eva seria um varão humano que esmagaria a cabeça da serpente, aplicando a Satanás um golpe mortal. O calcanhar desse Homem seria machucado na luta, mas a Ele está assegurada a vitória completa. A maldição será revertida e o Éden será restaurado.

Jesus “foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos” (Rm 1.4). Sua ressurreição deu validade ao que Ele alcançou com Sua morte. O poder sobrenatural de Deus sobre a morte e sobre a serpente garante a vitória final quando Jesus Cristo retornar à Terra.

Governando Para Sempre

Nas Escrituras Hebraicas, Deus demonstrou Sua intenção de governar o mundo, dando ao povo de Israel um rei segundo o Seu coração. Davi, diferentemente de Saul que reinou antes dele, refletia um desejo profundo de agradar a Deus e de governar Israel com justiça e compaixão. Contudo, Davi não era o rei perfeito que Deus havia prometido.

Deus, de fato, fez a Davi uma promessa a respeito de um de seus descendentes: “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Sm 7.16). Deus prometeu que um dos filhos de Davi herdaria seu trono, e seu governo jamais terminaria. Como poderia tal promessa ser cumprida quando o reinado davídico terminou no ano 586 a.C., tendo a Babilônia conquistado o Reino de Judá?

A Aliança Davídica, a maravilhosa promessa de Deus acerca de Seu futuro Rei, encontra cumprimento em Jesus Cristo. Jesus nasceu da linhagem de Davi (Mt 1.1). O Anjo Gabriel anunciou: “Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lc 1.32-33). Entretanto, Jesus morreu, assim como morreram todos os outros reis da linhagem de Davi. O que qualifica Jesus a reivindicar o cumprimento da Aliança Davídica?

Apenas Jesus, o Filho de Davi, ressuscitou dos mortos. Paulo anunciou essa preciosa verdade ao povo judeu ao declarar que o próprio Davi predisse a ressurreição de Jesus; e então Paulo citou as palavras de Davi: “Porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção” (At 2.27, citando Sl 16.10). E Paulo continua:

“Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono, prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção. A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas” (At 2.30-32).

A única maneira de um rei governar para sempre é se esse rei viver para sempre. A ressurreição de Jesus garante Seu direito a reivindicar o reinado davídico. Ele governa sobre Sua igreja agora e governará sobre Israel e sobre todas as nações no Reinado vindouro.

Sua ressurreição Lhe confere direitos de rei. Jesus Cristo é “o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra (...) o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver” (Ap 1.5; Ap 2.8). Conseqüentemente, Sua ressurreição dá a todos os que creem nEle nova vida por meio da identificação que eles têm com Ele: “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Rm 6.4).

Seu reino culminará no Reino Milenar, quando “com cetro de ferro as [as nações] regerá” (Ap 2.27). A batalha de Jesus contra as forças do Diabo e contra a morte finalmente trará o Reino eterno de Deus:

“E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés” (1 Co 15.24-27).

O plano original de Deus para o Jardim do Éden será realizado com os novos céus, a nova terra e a Nova Jerusalém (Ap 21.1-2). Como falam as palavras do grande compositor de hinos do século XVIII, Charles Wesley, em seu cântico “Alegrai-vos, o Senhor é Rei”:

Jesus, o Salvador, reina;
Deus de verdade e de amor;
Quando Ele purificou nossas
manchas, Ele assentou-Se nos céus;
Erguei o coração, erguei as vozes;
Alegrai-vos, novamente digo,
alegrai-vos!

Alegrai-vos em gloriosa esperança!
Jesus, o Juiz, voltará,
E levará Seus servos
para a morada celestial.
Logo ouviremos a voz do arcanjo;
A trombeta soará, alegrai-vos!

Três Fases do Sacrifício de Jesus

Esta semana, chamada “semana santa”, o mundo, chamado cristão, comemora a crucificação e a morte de Jesus. É possível que poucos conheçam o motivo que levou as autoridades judaicas a cometerem essa loucura de matarem o Príncipe da vida; que Paulo afirma que se soubessem que era o Príncipe da vida, não O teriam crucificado. Qualquer pessoa que fosse condenada à morte, deveriam as autoridades apresentar os motivos ou os crimes que justificassem essa morte. Vejamos em Mateus 26 v 61, que diz: “E disseram: Este disse: Eu posso derrubar o templo de Deus, e reedificá-lo em três dias”. E no verso 64 Jesus afirma ser O Filho de Deus. Diante disto; disse o conselho: “Este homem blasfemou contra Deus por ter cometido este tipo de pecado. Portanto é digno de morte”. Veja o prezado leitor, se isto constitui motivo merecedor de morte. O apóstolo João diz que Pilatos percebeu que o motivo verdadeiro, era a inveja: Os seus corações de fato estavam cheios de inveja, uma vez que não O podiam imitar nos Seus feitos. Do ponto de vista judaico, a condenação veio movida pela inveja; e do ponto de vista humano, o motivo era a libertação da condenação da própria humanidade.

Jesus sofreu fisicamente, quando recebeu os açoites ordenados por Pilatos; recebeu uma coroa de espinhos; muitas bofetadas sobre Seu rosto; carregou uma cruz pesada que O fez tropeçar e cair; e levantando-Se, não pôde continuar essa trajetória, que fizeram colocá-la nos ombros de um homem chamado Simão. Já no Monte Calvário, Ele mesmo deitou-Se; e assim os seus algozes de posse de martelo e enormes cravos, O afixaram pelas mãos e pelos pés, nessa infamante cruz. Agora imaginemos o corpo pesado do Senhor Jesus, pendendo lá do alto da cruz, como O faziam sofrer as grandes dores! Tudo, por que, nos amava muito, e queria nos proporcionar a vida eterna. Foi a fase muito difícil para Ele. Mas, a questão é que, havia outros tipos de sofrimentos, como por exemplo, o sofrimento moral. Em Marcos 14:34 diz: “E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai”. Isto levando em conta as palavras do profeta Isaias no capítulo 53, que diz: “Ter caído sobre Ele os nossos pecados”. E na cruz Ele foi desafiado a descer dela; e zombaram dEle.

Em terceiro lugar, observemos o sofrimento chamado solidão, que é espiritual, quando o próprio Deus O abandonou; e Ele chegou a dizer: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Salmo 22:1); isto sem levar em conta, aqueles dos Seus amigos os mais íntimos que O deixaram e fugiram, excetuando João, o apóstolo; e Pedro, que sempre era o primeiro a falar, veio a negá-Lo três vezes. Como podemos ver o Senhor Jesus fez um único sacrifício por nós, e pode salvar-nos perfeitamente, e vive para interceder por nós, (Hebreus 7:25). É possível que alguém, querendo contradizer tais palavras, diga que conhece muita gente que sofreu muito mais do que o próprio Jesus. E, se sofreu, sofreu como pecador; entretanto e felizmente não ocorreu o mesmo com Jesus, isto é, Jesus não era pecador, mas absolutamente justo santo e bom. E Ele mesmo havia dito: “quem de vós me condena de pecado?” você conhece aquele ditado que diz: “Chumbo trocado não dói”? Como Jesus não tinha pecado, a Sua dor só Ele poderia suportá-la. Ninguém mais.

Concluindo, essas são as três fases do Seu sacrifício. E Ele a sofreu sem reclamar; e Isaias 53, diz: “Ele foi levado como um cordeiro ao matadouro; e assim não abriu a Sua boca para reclamar”. Ele tomou o cálice amargo sozinho. Qual o pecador que poderia suportar tudo isto silenciosamente? Você conhece algum? A Bíblia o ignora. Portanto, dispensa qualquer outro tipo de sacrifício que a humanidade queira fazer para ser salva. As obras que qualquer de nós praticarmos, por mais santas e perfeitas que as consideremos, jamais terá o poder de salvar qualquer pessoa. Sabe-se que por este mundo já passaram pessoas santas, que diante de Deus tenham sido tais, senão aceitaram o sacrifício de Jesus, partiram para o além sem terem alcançado o perdão e a salvação. Portanto atentemos bem para as palavras de Hebreus 2:3: “Como escaparemos nós, senão atentarmos para uma tão grande salvação?”.

A Semana Santa

Esta semana é conhecida como santa porque, segundo o calendário católico romano, foi o período em que Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou. Bem, não há como negar que para nós, protestantes, tal calendário nada significa, pois a morte, sepultamento, ressurreição e segunda vinda do Senhor Jesus sempre são anunciados quando nos reunimos como Igreja ao redor da mesa para cumprir o sacramento da ceia. Nossa páscoa não é a do calendário litúrgico romano, não ocorre apenas um dia por ano. Nossa páscoa é a celebração da Santa Ceia conforme 1 Coríntios 11: 26.

Por outro lado, precisamos lembrar que a sociedade será saturada pelo termo Páscoa o tempo inteiro, quer seja pelo comércio de chocolate, quer seja pela mídia, quer seja pela religião romana. Neste caso vejo que há uma grande oportunidade para a evangelização pessoal, mostrando a cada indivíduo a verdade sobre o Cordeiro Pascal que tira o pecado do mundo. Devemos aproveitar para mostrar o verdadeiro sentido do termo, ou seja, o Senhor Deus providenciou salvação àqueles que crêem no Senhor Jesus!

Assim sendo, a meu ver, seria um erro celebrar a páscoa nesta data por conta de um calendário que não nos pertence. Criar uma atmosfera no culto para ritualizar o evento é desprezar o verdadeiro momento solene quando a páscoa faz sentido: a Santa Ceia. Já utilizar o contexto para evangelizar na escola, no trabalho, no ponto de ônibus, na fila do banco ou do supermercado, é aproveitar todas as oportunidades para proclamar a salvação.

Nesse sentido, povo de Deus, saia à evangelização nesta semana, aproveite a oportunidade que a nossa sociedade concede!

Os Maravilhosos Mistérios da Páscoa

Foi incrível estudar sobre a Páscoa judaíca e descobrir a beleza do simbolismo da data. Deus realmente não joga dados, Ele planeja todas as coisas com perfeição e beleza. Do principio ao fim da história da humanidade ( Gêneses a Apocalipse), Deus se revela como Aquele que ama e liberta para uma nova vida. A Páscoa é uma dessas datas que recorda o livramento de Deus a todo um povo: judeus e gentios. De Moises a Jesus ela ganha novos elementos, mas continua a reafirmar sua mensagem: Deus salva, Deus liberta para um novo tempo!

É no mês de Nissan que acontece a primeira ordem aos Israelitas para que estes, separem um cordeiro sem mácula a fim de cinco dias depois, vivenciarem a instituição da Páscoa: “Falai a toda congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa” Êx 12:3. Também no mês de Nissan Abraão faz o convênio da circuncisão e os Israelitas, liderados por Josué, entram na terra prometida de Canãa( Js 4:6 e 5:2). No mês de Nissan, Jesus, Cordeiro pascal é morto e ressuscitado! ( Mc 15:42).

Não pretendo especificar um a um os elementos da Pascoa judaica, nem fazer um relato histórico da data, mas quero destacar um aspecto que geralmente não é citado quando fala-se de Páscoa. Certamente esse “detalhe” não é segredo para os judeus praticantes, estudiosos da Torá, mas será surpresa para muitas pessoas, que assim como eu, jamais imaginaria tamanha relação entre Páscoa e estação do ano. Minha alma transbordou de alegria ao perceber a suavidade e beleza de Deus brotando de forma tão esperançosa na Páscoa. Bendito seja o Deus de Israel e o nosso Deus, o Deus de Nissan, mês das alianças!

Nissan é o mês da Primavera!

Ao instalar-se na  Palestina, o povo de Israel viu-se rodeado por outros povos que tinham o costume de celebrar rituais a divindades com o fim de agradecer e suplicar. Todos viviam da agricultura e da pastorícia. Por isso, esses rituais consistiam em oferendas e sacrifícios às divindades para lhes agradecer os frutos da terra e a fecundidade dos rebanhos, e para lhes pedir a continuação das boas condições para a vida. Construíam altares e pequenos santuários em lugares especiais, sobretudo no alto das pequenas colinas ou montes, e lá ofereciam uma parte dos seus produtos agrícolas e sacrificavam alguns animais dos rebanhos.

E quando é que era costume fazerem-se estes rituais?... Exatamente nesta altura do ano na Primavera, mês de Nissan, quando a terra reverdecia e dava os seus primeiros frutos, altura em que nos rebanhos nasciam as primeiras crias! O que era oferecido e sacrificado a estas divindades eram os primeiros frutos da terra e os primogénitos dos rebanhos, em sinal de agradecimento, adoração e confiança. A Primavera era o recomeçar de tudo, o despertar da vida, o renascimento da terra há meses adormecida e a fecundidade dos rebanhos há meses sem crias. É a grande Páscoa da Criação, a Passagem da esterilidade à fecundidade, da poupança à abundância, da sementeira à colheita, do frio ao calor, da paciência à festa. É um tempo de profunda passagem para a Alegria!

A Páscoa é na Primavera

Nissan é o primeiro dos doze meses do calendário judaíco, é o mês da tekufá ou primavera é o "mês da redenção". O nome Nissan, possui dois nuns: nissei e Nissam que se traduz como "milagres dos milagres". E foi com demonstração de sinais e maravilhas, que Deus resgatou seu povo do Egito na primeira instituição pascal. Deus, então convoca o povo a abandonar os deuses do Egito e os cultos pagãos em que eram ofertadas as primicias da terra, para dizer-lhes que só Ele era Deus, Suficiente para salvá-los para dar-lhes das primícias da criação. O cordeiro morto em cada casa israelita, onde o sangue foi espalhado nos umbrais das portas, simbolizava nova vida, passagem, renascimento, novos frutos, nova estação que viria tal qual a Primavera!

"E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito. E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo. Êxodo 12:12-14"

Jesus, nossa Páscoa, a Passagem para nova estação


Primavera: a palavra originasse de primo vere, que quer dizer princípio da boa estação.

Na noite em que morreram os primogênitos, houve salvação, libertação para Moisés e seu povo. A Páscoa, portanto, passou a ser sinônimo de nova vida.Cerca de 1500 anos mais tarde, a Páscoa teria uma comemoração diferente, porém, com o mesmo significado. Deus providencia um Cordeiro, sem mácula, sem pecado, para ser sacrificado em favor de toda humanidade. Àqueles que estivessem sob a cobertura do sangue do Cordeiro, não provariam da morte e do fogo eterno.

O Cordeiro É Cristo Jesus. Ele foi sacrificado na mesma semana em que todo Israel comemorava a Páscoa - 14º dia do mês de Nisã - Ele representa o sacrifício eterno e definitivo que libertaria o homem do "Egito" ( morte eterna, pecado) e do jugo pesado de "Faraó" ( Satanás e seus demônios)."Mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus"Hb 10: 12.
O Cordeiro ressuscitou! Mt 28

A segunda Páscoa, portanto, estabelece uma nova aliança, em que a vida eterna é concedida aos que crêem no Cordeiro Pascoal e em seu sacrifício eterno que, ali, na cruz, purificou o homem de todo o pecado." E no dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis O Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" Jo 1:29.

Páscoa é primavera, é chegada de uma nova vida, de novos frutos. Páscoa é passagem, onde tudo brota com a força da vida, com pureza e esperança. Páscoa tem perfume, tem abundância, tem beleza, tem superação. Páscoa é restauração do coração. Jesus é a nossa Páscoa, Ele é essa primavera: Passagem do velho para o novo, da mortalidade para a imortalidade, da vida para a Eternidade!

Espero em Deus que esses maravilhosos mistérios da Páscoa, tenham enchido seu coração de alegria, fé, amor e esperança. Assim foi para comigo que estou me dedicando a escrever um livro para contar-lhes mais desses mistérios da Primavera que é Cristo em nós.

Com amor, em Cristo.

Sexta-Feira da Paixão?

Uns carregam cruzes pelas ruas, outros carregam lanchas até à praia.

Uns se entristecem, jejuam, e outros comem e desfrutam de tudo.

O calendário não tem utilidade porque a Páscoa é uma celebração judaica que remonta ao Êxodo em 1.300 a.C. e é o décimo quarto de Nisan, que é o primeiro mês do calendário judaico.

"No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do SENHOR." Levítico 23:5.

Observe que a Páscoa foi originalmente um dia, e que mais tarde veio a referir-se tanto à Páscoa, como a uma outra festa que imediatamente se sucedia à da Páscoa: os Dias dos Pães Ázimos.

Como a lua nova determina o início do mês de Nisan, a Páscoa original podia cair em qualquer dia da semana, de segunda-feira a domingo.

Isto levou a uma polêmica no ano 190 d.C. sobre que dia escolher para celebrar a ressurreição de Jesus Cristo, eis que, se determinam o dia da ressurreição, a Sexta-Feira da Paixão.

As igrejas da Ásia, uma vez que celebravam segundo a tradição judaica, ou seja, contando os dias sem levar em consideração o dia anterior.

As igrejas do Ocidente insistiam em comemorar no domingo.

O Concílio de Nicéia, em 325 d.C., estabeleceu sua celebração num domingo, mas não especificou qual deles.

Considerando-se os bispos de Alexandria como especialistas em astronomia, estes selecionavam o domingo indicado.

No sétimo século d.C. adotou-se a prática de celebrar a ressurreição no primeiro domingo que segue o dia 14 do calendário lunar sempre quando este seja logo após o equinócio.

Tudo estava indo bem até 1582, quando a Igreja Católica adotou o calendário gregoriano, o que a Igreja Ortodoxa Grega não aprovou e, por essa razão, cada qual com diferentes datas continua até hoje.

Por estas razões, é estabelecido que o processo de determinar a data para comemorar a Sexta-Feira da Paixão não é humano, e sim divino.

Como faço para observá-lo?

O Novo Testamento não fala nada sobre a forma de comemorar a Sexta-Feira da Paixão.

Nada fala de cultos especiais, ou de carregar cruzes pelas ruas, nem de jejuar.

Para observá-lo conforme as Escrituras, teríamos de sacrificar um cordeiro macho sem defeito de um ano, grelhá-lo e comê-lo à noite com ervas amargas e pão sem fermento, como Cristo fez com seus apóstolos na Última Ceia.

Não sei de nenhuma igreja que assim o faça e, se não for de tal maneira, então não há nenhuma instrução para divina observância cristã.

É verdade que Paulo fala de celebrar as "festas" em 1 Coríntios 5:8, mas a sua linguagem alegórica é clara e diz respeito à conduta cristã.

O cristão não tira literalmente o mofo de sua casa, senão continuamente remove a malícia do seu comportamento.

Se a "festa" do versículo 8 é literal, então o "fermento", no versículo 7, também o é.

Quem quiser manter a Páscoa, deve nos fundamentar conforme a Escritura sobre quando e como observar.

Os cristãos devem guardar a Sexta-Feira da Paixão?

Cristãos judeus continuaram a manter a lei.

Paulo cumpriu voto de nazireu (Atos 18:18) e tentou chegar a Jerusalém para celebrar Pentecostes, um feriado judaico.

Paulo foi para se purificar no templo (Atos 21:24).

Embora os cristãos judaicos continuaram a manter a lei, Tiago ordenou:

"Todavia, quanto aos que crêem dos gentios, já nós havemos escrito, e achado por bem, que nada disto observem;" Atos 21:25a.

Como é?

O Espírito Santo inspirou Tiago a escrever para nós, os gentios, que não guardemos nada daquelas coisas.

A verdade é que Cristo, o verdadeiro cordeiro pascal, derrubou o muro de separação média (Efésios 2:14) e revogou a festa da Páscoa, quando Ele morreu na cruz, sendo aquela festa apenas uma sombra oca de Si próprio e de Sua obra (Colossenses 2:14, 17).

Por que celebrar uma sombra abolida?

Quando os judeus queriam impor a Lei mosaica aos cristãos gentios com sua circuncisão e a observância de dias e de luas, Paulo o proibiu, porque isso era escravizar e se separar de Cristo (Gálatas 4:9-11 - Gálatas 5:4).

Cristo cumpriu a lei.

Ensinar a Lei de Moisés para os discípulos é tentar a Deus (Atos 15:10).

É curioso estudar a instrução de Paulo à Igreja de Roma, que era composta de judeus e gentios.

Instou-os a ter paz e não contender sobre pontos de vista, diante dos fracos.

Esses fracos foram os cristãos judeus que guardavam os dias e não comiam carne.

Deus aceitava ao cristão judeu que guardava os dias, incluindo a Páscoa cristã, e aceitava ao cristão gentio que não o guardava.

A ordem de que cada um esteja plenamente convencido na sua própria mente foi dirigida a todos os cristãos, para tomarem sua própria decisão a respeito da lógica e desobedecer a sua própria consciência (Romanos 14:1-23).

Amo a todo religioso tradicional que deseja guardar em parte a Lei mosaica.

No entanto...

Cristo estabeleceu a igreja que não é judeu, mas sim neotestamentária.

Para ouvir a Cristo, há que se deixar de ouvir Moisés e Elias (Mateus 17:5).

É verdade que abrir a porta aos celebrantes da Páscoa resulta em um templo cheio de muitas visitas, mas vamos ter atravessado a fronteira entre o cristão e o sectário.

Abriremos também as portas para outras práticas judaicas?

Se é uma questão de agradar aos homens...

O que não pode ser feito? (Gálatas 1:10).

Ao invés de realizar um culto de sombras, quero convidar você para comemorar a nova Sexta-Feira da Paixão ao participar a cada Domingo da Ceia do Senhor (1 Coríntios 11:23-26).

De acordo com o padrão aprovado, expressamos nossa gratidão a Deus pelo sacrifício de Seu Filho.

Não apenas uma vez por ano, mas todos os domingos (Atos 20:7) que celebramos a festa por se lembrar de seu sofrimento, a partir do pão e beber de seu cálice, colocar o dedo no lugar dos cravos, colocar a mão no seu lado aberto e dizer...

"... Meu Senhor e meu Deus." João 20:28.

Amém.

Deus te abençoe.
 

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