quinta-feira, 5 de abril de 2012

Aquietai-vos

Só quando nos protegemos e nos escondemos Nele é que cessam as ressonâncias geográficas e o barulho das vozes perturbadoras. Aquieta-te... Cala-te... Disse o Mestre na agitação geográfica  perturbadora no Mar da Galiléia em plena tempestade.

Aquietai-vos


1 Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. 2 Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares; 3 ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. 4 Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o lugar santo das moradas do Altíssimo. 5 Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará desde o raiar da alva. 6 Bramam nações, reinos se abalam; ele levanta a sua voz, e a terra se derrete. 7 O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. 8 Vinde contemplai as obras do Senhor, as desolações que tem feito na terra. 9 Ele faz cessar as guerras até os confins da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo. 10 Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. 11 O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. Salmo 46

Horas de angustias... Quem não teve momentos turbulentos na vida? Chamamos de angústia a forte sensação psicológica, caracterizada por "abafamento", insegurança, falta de humor, ressentimento e dor. Na moderna psiquiatria a angustia é considerada uma doença que pode produzir problemas psicossomáticos trazendo transtornos na personalidade. São as fobias, medo e insegurança que  assomam a alma angustiada. Diante desse quadro aterrador  de aflições interior o Salmista afirma: 

Deus é o nosso refúgio  e fortaleza, socorro bem presente na angústia.

Eu definiria a angustia como um barulho que provoca a surdez espiritual por causa de turbulências geográficas e sociais. O salmista se reporta a calamidades geográficas, como tsunâmis e terremotos e vulcões;

“ Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares;  ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza”.

São convulsões externas que provocam estresse. É como se a vitima dessas catástrofes naturais perdessem o chão, fundamento em que tudo se estabelece. As aflições geradas por povos que passaram por esses conflitos geográficos em que a terra tremeu em que as inundações provocadas pela invasão das ondas ou chuvas e inundações e o deslize de morros levou juntos além de suas casas e parentes queridos, a esperança de reconstrução. É importante salientar que Deus está acima dessas turbulências que provocam ruídos ensurdecedores que impedem de ouvir Sua voz.

No meio desse caos exterior o salmista afirma: “Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o lugar santo das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará desde o raiar da alva.”.

Observe a linguagem do salmista se transmuta para um lugar geográfico onde tudo se harmoniza. Há um rio tranquilo. É uma linguagem metafórica da paz interior que há na alma daquele que procura socorro em Deus, naquele que se se refugia Nele. Há uma cidade segura... Se reporta aqueles que pertencem a Deus.

Deus está no meio dessa cidadela segura. As circunstancias externas jamais a  destruírão  pois ela jamais foi ou será abalada.  O salmista volta a afirmar Deus a ajudará desde o raiar da alva. A noite de lutas e turbulências passará e o sol da justiça voltará a brilhar ao romper da manhã. Na sequencia ouvem se os ruídos do vozerio das multidões.

“6 Bramam nações, reinos se abalam; ele levanta a sua voz, e a terra se derrete”

Esses barulhos e prevaricações  por causa das muitas vozes humanas são ruídos perturbadores e provocam os temores são provocações e insinuações demoníacas subliminares que tentam apagar a fé. Surge na alma o temor ao homem, o medo de perder as conquistas e posições  o qual o homem pensa (falsa ilusão) que são conquistas feitas pela força do próprio braço. Nesse interim, bem no meio dessa convulsão social Deus levanta a Sua voz e a terra e derrete.

Ele se faz ouvir e determina quem manda...

7 O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio”
Nesse ponto alto da ação divina há uma afirmação categórica do salmista. Ele é  nosso socorro, é Ele o refugio. Na sequencia  há ênfase do poeta sacro, ele apresenta um cenário apocalíptico em que Deus rouba a cena :

8 Vinde contemplai as obras do Senhor, as desolações que tem feito na terra. 9 Ele faz cessar as guerras até os confins da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo.

Nesse momento todos os povos  ficam estarrecidos de olhar o cenário que ficaram na história. Onde estão os grandes exércitos que dominaram reinos e assombraram nações? Os grandes impérios que provocaram as guerras com seus aparatos e armamentos? Os discursos dos grandes lideres que empolgaram multidões? O carisma de pessoas que lideraram e comandaram e empolgaram multidões criando as perplexidades e angústia a outros milhões? Restaram apenas fotografias a maioria em preto e branco. Relíquias nos museus, Ele é que faz cessar as guerras  destrói as armas. Ele apenas tem o tempo a Seu favor. Tudo passa. Tudo termina. As vaidades humanas geradas pelas pseudas conquistas são fumaça no vento. Se dissipam. Deus aparece nesse cenário imaginário da história e afirma no momento presente cujo tempo é apenas uma ilusão quem se acha.

10 Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.

Só quando nos protegemos e nos escondemos Nele é que cessam as ressonâncias geográficas e o barulho das vozes perturbadoras. Aquieta-te... Cala-te... Disse o Mestre na agitação geográfica  perturbadora no Mar da Galiléia em plena tempestade. Ouça o borbulhar das águas dos rios de Deus que alegram a cidade de Deus. Escute a Sua voz no murmúrio e ruídos  das matas e no canto dos pássaros. Olhe em sua volta. Tudo funciona em perfeita harmonia e sincronia. Ouça sua voz. Deus está falando todo dia no por do sol, o maior espetáculo da terra, que não faz barulho... Silencioso, invade nossas manhãs aquecendo nosso mundo deixando o aquecido e iluminado numa rotina renovadora ao raiar da alva.

Fique quieto por dentro. Que Cessem os barulhos que provocam a angustia nas nações e faça a firmação do Salmista que pela terceira vez nesse Salmo afirma:

 “O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.

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